Dois Poemas de Diana Pilatti

 


I

uma réstia de sonho

candeia na minha alcova

a esperança fraturada

reluz

sobre meu corpo-lúteo


sob o travesseiro

alguns versos idílicos

e na vertigem da madrugada

cá não estou mais



II

sentou-se à mesa

um silêncio agudo

na parede branca

a madrugada escorre

eu e todas as que fui

bebemos a dor passiflora da inconstância


                              cálice e memória


Diana Pilatti

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