"A Felicidade é Estrada" poema de Elias Borges
A FELICIDADE É ESTRADA
De que tecido somos feitos?
Se rasga e queima por fora,
Há algo que não queime por dentro]?
Em que esquina o sentido se esquiva?
Que partituras a ampulheta orquestra?
Que palavra é estrondo na ressurreição?
É uma que faz brotar o altruísmo,
Trina como um pássaro engasgado,
Guarda dentro de si afagos noturnos
Que de muito longe se assemelha a uma prece.
Pirilampos anunciam o lusco-fusco.
Pare de remendar tantos atalhos,
Toma o azeite para tua candeia,
É para durar pela infância inteira.
Elias Borges
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