Carta de abril, de Diana Pilatti


 


Carta de abril


Por aqui

meu querido amigo

um bem-te-vi canta

para acordar o dia

passa um pouco das cinco

e a rua é solidão


Escrevo mais um verso

livre de enredo

como talvez fôssemos

muito além das rotinas…


              Assumo que te inventei 

              às três

              e teus cabelos ainda eram negros

              como as minhas madrugadas


Faço um café

para espantar algum fantasma

e nestes minutos

[outro delírio]

o sol faz-se tímido 

e cochila

contando meus segredos de nuvem


A chuva volta ao meu exílio 

te reinvento

à esparsa luz 

e me foges

pois sou outro dia...



Diana Pilatti


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