Lá na beira do Pantanal, de Rafael Sampaio
Lá na beira do Pantanal
A rede
Pra lá e pra cá lentamente
Chacoalha minha cachola
É a sombra da bocaiuva
Que traço meu caminho
Ou mesmo o destino da humanidade
Ideias embaralhadas
vão se aprumando
tenho solução pra tudo
eu poderia até mesmo acabar com uma guerra
mas hoje só preciso decidir
se o arroz é com pequi ou guariroba
na vida
as decisões mais importantes
deveriam ser tomadas ao balango de uma rede
Foi lá na beira do Pantanal
Numa rede
Pra lá e pra cá lentamente
Chacoalhando minha cachola
À sombra daquela bocaiuva
tracei meu caminho
Mas seria capaz de decidir o destino da humanidade
As ideias embaralhadas
Foram se aprumando
Tinha solução pra tudo
eu poderia até mesmo acabar com uma guerra
mas eu precisava decidir
se o arroz era com pequi ou guariroba
aprendi que na vida
as decisões mais importantes
deveriam ser tomadas ao balanço de uma rede
Lá na beira do Pantanal
A rede
Pra lá e pra cá lentamente
Chacoalha sua cachola
O matuto à sombra da bocaiuva
traça seu caminho
Ou mesmo o destino da humanidade
Ideias embaralhadas
vão se aprumando
Tem solução pra tudo
ele poderia até mesmo acabar com uma guerra
mas por enquanto só precisa decidir
se o arroz é com pequi ou guariroba
na vida
as decisões mais importantes
deveriam ser tomadas ao balanço de uma rede
Lá na beira do Pantanal
A rede
pra lá e pra cá
lentamente
chacoalha sua cachola
O matuto
à sombra da bocaiuva
traça seu caminho
Ou mesmo o destino da humanidade
As ideias
embaralhadas
vão se aprumando
Tem solução pra tudo
Se precisasse
acabava com uma guerra
mas por enquanto sua cisma é decidir
se o arroz é com pequi ou com guariroba
na vida
as decisões mais importantes deveriam ser tomadas assim
ao balanço de uma rede
lá na beira do Pantanal
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